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A velhice não é o fim do mundo!
- 28.11.2020
- Publicado por: Игорь Викторович Карпов
- Categoria: Ciência medicina

Costumam dizer que o envelhecimento está diretamente relacionado a piora geral de funções cognitivas (concentração de atenção, velocidade de processamento de informação, etc) saúde e diminuição da atividade física e social. Isso, por sua vez, leva a uma deterioração da qualidade de vida e de sua duração. Porém, os avanços modernos na ciência e medicina levaram a um aumento significativo na expectativa média de vida. Mas a questão é: o que acontece com a qualidade de vida aumentada e isso é acompanhado por um aumento nas habilidades funcionais e cognitivas?
Matti Minuoka e Taina Ratanen com seus colegas da Universidade de Javaskyla (Finlândia) compararam indicadores semelhantes de desempenho físico máximo e funções cognitivas em dois grupos populacionais mais velhos (coortes) nascidos e avaliados com 28 anos de diferença.
Os membros do primeiro grupo nasceram em 1910 e 1914 e foram avaliados em 1989-1900. Os membros do segundo grupo nasceram em 1938-1939 e 1942-1943 e foram avaliados em 2017-2018. Os membros de ambos dos grupos foram avaliados com 75 e 80 anos de idade.
As funções cognitivas foram medidas no mesmo laboratório utilizando os mesmos testes padronizados. (Wechsler’s Digit Span (WMS), Wechsler’s Adult Intelligence Scale (WAIS) Digit Symbol e Shai’s Adult Phonemic Verbal Fluency Test. -Thurston).
As capacidades funcionais e físicos foram medidas por meio de avaliação da velocidade máxima de caminhada, força máxima do aperto e extensão do joelho, capacidade vital forçada de pulmões e volume expiratório forçado por 1 segundo.
As descobertas confirmam os resultados de dois estudos semelhantes e mostram melhorias estatisticamente significativas tanto de funções cognitivas, quanto em capacidades físicas em grupos posteriores em comparação com os mais recentes. A velocidade de caminhada aumentou em média 0,2-0,4 metros por segundo, a força do aperto – de 5% até 25%, a força de extensão de joelho – de 20% até 47%, a capacidade pulmonar melhorou de 14% até 21%, e o volume de expiratório – até 14%.
Os atores atribuem essa diferença tão clara nos resultados aos níveis de educação mais elevados, melhoria no sistema de saúde, melhor nutrição e higiene, bem como trabalho mais complexo e, como resultado, maior carga cognitiva ao longo da vida, maior atividade social e um aumento nas atividades de estimulação cognitiva durante o lazer (filmes, TV, computador, etc). Os benefícios de exercícios físicos adequados não apenas para manter boa condição física e saúde, mas também para funções cognitivas já foram mostrados em diversos estudos.
Como resultado, podemos concluir que nós não apenas vivemos mais, mas também mantemos nossa saúde física e funções cognitivas por mais tempo. Claro, com atividade física e cognitiva adequada, alimentação saudável e sistema de saúde eficaz. Gostaríamos de acreditar que com posterior aumento de vida, será mantida a dinâmica positiva em relação às funções cognitivas e condição física.
Caso queiram conhecer melhor os estudos: https://link.springer.com/article/10.1007/s40520-020-01702-0#citeas
https://academic.oup.com/biomedgerontology/advance-article-abstract/doi/10.1093/gerona/glaa224/5901594?redirectedFrom=fulltext
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